A geração nascida junto com a globalização, na qual me incluo, me surpreende negativamente a cada dia.
O “novo começo de era, de gente fina, elegante e sincera” ainda me parece longe de virar realidade. Ainda somos incrivelmente retrógrados em muitos aspectos, além de mesquinhos, egoístas, aproveitadores e desleais.
É a lei da selva cada vez mais presente. É a involução no lugar da evolução.
Ainda estão presentes conservadorismos burros (sou a favor de conservadorismos necessários) aceitáveis em nossos avós.
Vejo a minha geração crescendo em torno de uma sociedade doente, que precisa urgentemente rever seus valores. É cada um pensando apenas em suas próprias necessidades, querendo se dar bem sobre o outro, com suas neuras, traumas, opiniões (mal)formadas, conceitos prontos, rótulos para tudo, mente fechada.
É como se cada um criasse um casulo em torno de si para ficar intocável aos males da vida moderna.
Mas, assim, acabam se esquecendo de viver plenamente. Se esquecem de valorizar o amor e as pequenas coisas. Ocorre uma racionalização generalizada, tudo precisa ser materialmente provado e balanceado.
Foi criada uma geração doente, afetada pelas conseqüências de uma sociedade robotizada e, acima de tudo, envenenada.
De quem é a culpa por sermos o que somos?
Acho que os principais culpados somos nós, jovens. Nós que tivemos a liberdade e a formação para ter uma mente mais esclarecida que as gerações anteriores e, mesmo assim, nada mudamos. Pelo contrário, retrocedemos, encaretamos.
Fomos todos contaminados pelas doenças da modernidade.
‘ Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais.
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quinta-feira, 30 de julho de 2009
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