sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O Senhor da Guerra

Em seu documentário sobre a Guerra do Iraque, o cineasta Michael Moore expõe as mentiras contadas pelo ex-presidente norte-americano George W.Bush e suas reais intenções ao invadir o país de Saddam Hussein.
De forma bastante realista, sem intenções obscuras, ele mostra as diversas faces da guerra, desde os miseráveis que desejam ser recrutados para ganhar dinheiro até o alto escalão do governo Bush.

Em uma determinada parte, uma mãe dá o seu depoimento e se mostra muito orgulhosa por seu filho estar combatendo no Iraque, de estar defendendo o país. Inclusive, todos os dias ela hastea a bandeira dos Estados Unidos na frente de sua casa.
O documentário prossegue e depois retorna para essa mãe. Agora, ela recebe uma ligação do Departamento de Defesa informando que o filho dela havia morrido em combate. O helicóptero em que ele estava foi atingido e ninguém sobreviveu.
A mãe então muda radicalmente seu conceito sobre a guerra e sobre o significado de patriotismo.

Em outra parte, Michael Moore vai pessoalmente ao Congresso para, ironicamente, pedir aos congressistas que assinem uma petição para que seus filhos também sejam mandados para o Iraque. Porque eles ficam apenas aprovando emendas, como o aumento do contingente de soldados, mas sabem que não serão afetados pessoalmente, nenhum parente deles irá combater. Obviamente, nenhum congressista aceitou assinar.

Também é mostrada a estratégia de recrutamento de novos soldados.
Diante do desenrolar imprevisto da guerra, foi necessário um maior contingente.
Diante disso, soldados percorriam as áreas pobres oferecendo "vantagens" para quem estivesse disposto a ir para o Iraque. Nessas regiões é muito maior o interesse em se alistar às Forças Armadas, devido à difícil situação econômica e ao baixo nível de instrução da população.

E as vítimas da guerra foram essas pessoas. Vítimas de uma guerra que não era delas.
Era a guerra do Bush, da indústria bélica, das empresas interessadas no petróleo iraquiano e dos congressistas, que assistiam, no conforto de suas casas, seus fantoches brincarem de matar. E de morrer.







Mais uma guerra sem razão
Já são tantas as crianças com armas na mão
Mas explicam novamente que a guerra gera empregos
Aumenta a produção
Uma guerra sempre avança a tecnologia
Mesmo sendo guerra santa
Quente, morna ou fria
Pra que exportar comida?
Se as armas dão mais lucros na exportação

Existe alguém que está contando com você
Pra lutar em seu lugar já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer
E quando longe de casa
Ferido e com frio o inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando novos jogos de guerra


(..)

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